O Observador
- Roberto Mendonça Maranho
- 22 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Um passo no sentido de nos aproximarmos de nossa essência divina é conseguirmos nos dissociar do emaranhado de pensamentos ligados ao passado e ao futuro, que de forma involuntária ou inconsciente, são gerados pela nossa mente.
A mente é uma ferramenta muito poderosa. Um exemplo muito simples para percebemos sua força contra nós mesmos é quando, por exemplo, não conseguimos parar de pensar em determinado assunto que nos incomoda. Mesmo sabendo que pensar naquele assunto, naquele momento, é inútil, sentimos que é impossível desviá-lo, e isso acaba por nos atrapalhar de alguma forma.
É importante entendermos que não somos a nossa mente. Somos algo muito mais profundo, do qual a mente é apenas uma parte.
Uma forma de experimentarmos esta consciência é adotarmos a postura de observar os pensamentos. Como se o nosso verdadeiro Ser se concentrasse em observar a própria mente. Como “observador”, devemos nos colocar fora do pensamento, e apenas observá-lo, de forma imparcial, sem qualquer julgamento.
Uma vez que o “observador” está presente, a mente começa a perder o controle que exerce sobre nós, e experimentamos por alguns momentos que é possível controlar esses pensamentos involuntários, esse estado de desconforto básico. Neste momento uma nova dimensão da consciência surge. Ao observarmos o pensamento, sentimos uma presença consciente, que é o nosso Eu Interior mais profundo – a nossa essência divina.
Da mesma forma que nossa mente gera pensamentos involuntários, ou inconscientes, ela também gera nossas emoções, que são reflexos desses pensamentos. Ambos são processos involuntários. Também podemos testemunhar o poder da nossa mente observando a força que nossas emoções exercem sobre nós. Assim como podemos nos colocar como “observadores” dos nossos pensamentos, podemos fazê-lo também com emoções indesejadas, como o medo, por exemplo, quando este nos impede de buscarmos nossos objetivos.
Ao “observarmos”, é possível nos encontrarmos com nós mesmos, nosso verdadeiro Ser, em meio ao mar de pensamentos e sensações gerados pela nossa mente. Ao nos conectarmos com essa essência divina, nosso Eu Interior, experimentamos momentos de paz, alegria, e grande serenidade.
(Referência Bibliográfica: “O Poder do Agora: um guia para a iluminação espiritual”, Eckhart Tolle, Editora Sextante, 2002.)
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