O Agora
- Roberto Mendonça Maranho
- 22 de mai. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 11 de jun. de 2024
O calendário e o relógio são necessários em nossa vida prática. Traçar planos, buscar metas, cumprir compromissos. Mas deixemos de lado o tempo do relógio. Olhemos para dentro de nossa mente. Vivemos cada dia com nossa mente sempre presa ao passado ou ao futuro. Raramente ela está no momento presente, o “agora”. Em algumas situações conseguimos ter a mente plenamente atenta ao momento presente, como em uma situação de perigo – quando diante do risco nossa mente se esvazia, deixando o passado e o futuro de lado e se concentrando plenamente no “agora”.
O verdadeiro “Eu” de cada um não é a situação de vida que estamos tendo, como conquistas, derrotas, dificuldades, prazeres… Muitas vezes nos apegamos a esses acontecimentos que alimentam uma falsa ideia de “Eu interior”. Esse falso “Eu interior” se identifica de tal forma com esses acontecimentos e situações que a vida oferece que ficamos presos a eles. Ficamos presos ao nosso passado. Uma doença e sofrimento podem representar uma punição que pensamos merecer, ou uma postura na posição de vítima. Como essa identificação alimenta a ideia do nosso falso “Eu interior” acabamos inconscientemente escolhendo manter esta situação em nossa vida. É necessário sabermos nos perdoar, libertar-nos de nosso passado e da tentativa de antecipar o futuro. Estando com a mente sempre presa ao passado ou projetando o futuro, negamos o presente. Nasce daí grande parte do sofrimento humano. O desconforto, a ansiedade, a tensão, o estresse, a preocupação; todas essas formas de medo são causadas por excesso de foco no futuro. A culpa, o arrependimento, o ressentimento, a tristeza, a amargura, todas as formas de incapacidade de perdão são causadas por excesso de foco no passado.
Quando conseguimos acalmar o imenso mar de pensamentos em nossa mente estamos mais próximos de estar em contato com nosso verdadeiro “Eu”. A meditação, técnicas de respiração e de foco da atenção, são alguns instrumentos para se chegar ao estado de uma mente mais calma, tendo momentos livres do imenso fluxo de pensamentos. A conexão com nossa verdadeira essência nos trás uma imensa paz interior. Encontrando este estado de paz fica mais fácil encarar os desafios exteriores e nossa situação de vida, ficando livre da dependência do ciclo de prazer e sofrimento, com paz e serenidade e muitas vezes vivenciando verdadeira felicidade.
(Referência Bibliográfica: “O Poder do Agora: um guia para a iluminação espiritual”, Eckhart Tolle, Editora Sextante, 2002.)
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